quarta-feira, 17 de junho de 2009

tempo de espera

como é bom passar um tempinho ancorada, sabendo que, logo adiante, mergulhos se aproximam. uns profundos, outros nem sei. essa ansiedade louca é que mata a gente. chamo de "a gente" porque sei que não é, de forma alguma, um privilégio meu de sentir. certa vez um amigo que já não vejo há tempos me definiu arte como "excesso de energia". o nêgo, um sábio artista cearense que escolheu nova friburgo, serra fluminense, como refúgio e ateliê de criação,me ensiou várias coisas. muitas eu esqueci, confesso. até porque faz parte desse ser, o humano, essa coisa de aprender e esquecer..mas essa definição da arte me martela. e me joga lá pra frente, de fronte ao gol tentando marcar. um monte de bola fora. mas em algum momento a gente consegue. tenho certeza disso.

e o frio, o vento sul e a minha grande árvore que rega diariamente o chão com suas folhas miúdas.

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