Tudo parecia sob controle. Era divertido. Discutir, questionar, beber, tragar. De espírito livre, relacionava-se. Era prazeroso. No calor da praia, a água quente daquele mar ajudava a aquecer as idéias, enquanto se esforçava para esfriar a pele mergulhando na cerveja gelada, na pinga no gelo. O tempo já não sentia mais. Queria congelar aqueles momentos, esquecer que os anos passam e que levam junto a única qualidade que se orgulhava em ter: o calor em sua carne.
Mas sem se dar conta, não era mais a mesma. Contentava-se em saltar sobre a cama de molas ou vagar sozinha pelos becos, buscando sabe lá o que.
E pensava: quão perigosa pode ser a vida!
saudade.
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